sábado, 30 de agosto de 2008


Movimento

Percebo que retorno, indo-me, indo-me...
Saltando indomável na escuridão do eu
Amando o que me é mistério
Toda luta de não bloquear o fluxo, a natureza de meus póros, as minhas reações químicas, o meu imaginário livre, sentindo.
Como podemos aceitar todo esse não-ser? Há tanta vida! Há tanto o que ver! Há tanto para existir! Como não percebemos esse fantástico? Que anestesia mortal!
A arte me conecta, me liberta, me faz viva, me encoraja, me abre as portas pro sonho, pra possibilidade criativa. Que movimento mecânico é este que insiste em nos domar e tolhe o vislumbre? Mas a vida insiste! Sim, ela insiste em penetrar na tua rotina. Num surpreendente afago, numa melancolia sem por que, onde os pensamentos brotam espontâneos. No entusiasmo da criação... Somos o universo em criação, atinjamos nossas possibilidades! Usemos o intelecto, o peito, a entrega! Aprendamos a transcender o material e descobrir a vastidão, o poder do amor, a graça da união. Não sejamos fechados, completos, subjulgados! Aceitamos a constante transformação do que não é. Se entregue a esse encanto que é a vida e todas as suas possibilidades abertas, possiveis, férteis! Há tanto para se plantar, há tanto para se colher! Há abundancia! Há! Ar! Sejamos o denso e o rarefeito, sejamos essa experiencia sem fim, esse estado alterável, incomum, único. Precisamos retornar ao movimento universal, precisamos abolir o bem e o mal, precisamos compreender sem apreender. O que se aprisiona é morto. O que estagna é cansaço fabricado, é moleza de atitude, é maquina, é de plástico e não há realização. Não há. Não há.

sexta-feira, 15 de agosto de 2008


"Ela dança, porque dançando goza..."
Mestiça
Me atiça
Rabisca tua flor no meu peito!