quinta-feira, 17 de novembro de 2011

MULTIPLICIDADE DE PERSONAS, EXPERIMENTAÇÃO ALEATÓRIA DE PAPÉIS



Ela e seus muitos pensamentos, uma casa harmonicamente desordenada e inspirações latentes...
A chuva cai sonoramente do lado de fora. A natureza lentamente orquestra o porvir.
Ela encarna tantas! Há uma força voraz que ela tem que aprender a dominar.
As muitas se manifestam perversamente escancarando na cara a dinâmica das metamorfoses. Elas são belas feras fazendo caretas simbólicas altamente magnéticas, concentram em si toda força básica do universo. A chuva anuncia as muitas quedas e o enxague. Ela soa, voa, escoa... Elas se dissolvem num todo e um rosto de mulher sorri ao fundo como se tudo isso a construísse plena.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011



Ele nunca soube o nome dela. Apenas que tinha uma cizatriz no queixo e que quando a viu chegar as pernas bambearam. Mas jamais vai esquecer da paisagem que ela pintava em seu peito. As lembranças eram força potente e avassaladora, se impunham sobre o agora.

E essa saudade ia ficar imprimida para sempre nos vãos de sua história.

(Sobre lembrar do que me emociona. "A moça da cicatriz no queixo", Eduardo Galeano.)