quinta-feira, 13 de maio de 2010

A MEUS CADERNINHOS! TENHO QUE PASSÁ-LOS PARA CÁ! RSRSRS

As folhas já amarelando, umas já se foram, se perderam na estrada, e é o que mais me apego e sinto falta, os caderninhos que não voltam, a poesia que dizia tudo e parecia sempre dizer um pouquinho mais e preencher o peito quando relidas, principalmente em diferentes momentos da vida. Pra mim, aquelas folhas remendadas e até descuidadas, que um dia a moça da faxina confundiu com lixo e me ofendeu profundamente - fui salvá-las de dentro da sacola fechada - pra mim valem mais que ouro! Nesse campo a enlaçadora de mundos não exercita o fundamental desapego, imagina!
Um dia um rapaz que beijei e conversamos sobre poesia, me flerta com um bolo de folhas, visivelmente arrancadas do caderno: os rascunhos, os originais, um punhado ali, pra mim. Nem me beijou naquele dia, saiu correndo exercitando o desapego. Hoje me deparei com estas folhas... que poeta! Guardei todas! Como se fossem minhas! São tão boas... mas é triste que só eu possa desfrutar do mecanismo mais perfeito de sublimação... Será que ele vai achar ruim se colocá-las aqui, uma a uma, pra todo mundo ver como é bom mesmo? Mas... Como era mesmo o nome dele?

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