Uma vez nos disseram: olha, este
caminho está muito ruim, o carro não agüenta, é ao lado da cordilheira, é mais
bonito, lógico, mas ali, só 4X4; é mais seguro pegar esta estrada que você anda
só cem quilômetros a mais, mas a estrada é muito boa, um tapete! Um pampa para
contemplar e a segurança, né?
Olhamos-nos entusiasmados e
cúmplices porque sabíamos que íamos pelo caminho mais bonito, não importavam os
riscos. Vinho, vales, outono, seca, um sonho árido e gelado. Estávamos já perto
do Chile. 150 quilometros percorridos em seis horas, um ciclista nos
ultrapassou!
Mas o Valente seguiu viagem,
quase sem combustível, com os olhos fracos de quem trepidou durante horas,
seguimos rumo às montanhas desertas de Neuquén, rumo ao crepúsculo sinuoso e às
viagens sem fim.
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