sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Fim

O som da noite de sexta entra pela minha varanda como algo distante que não me seduz.
Ocupo meu tempo tentando encontrar o livro que me dirá aquelas palavras afáveis... Procuro por ele: Galeano. Ele tem o poder de incendiar meu peito e me encher de luz com seu modo de ver a vida e as mulheres...

Acabo de terminar um outro livro e a sensação é de cumplicidade e vazio. A folha branca da última página me anuncia o fim de um encontro. A menina é doce e tenta conhecer o amor de um modo um tanto quanto peculiar. Eu mesma me lembro de como foi pra mim conhecê-lo, nobre luz. Quando ela finalmente o encontra, ele diz o seguinte:

"Tem duas condições para você não me perder e eu não perder você: você não pode se sentir prisioneira, nem de mim, nem do meu amor, do meu afeto, de nada. Você é um anjo que deve voar livre, nunca vai poder permitir que eu seja o único objetivo da sua vida. Eu te amo e vou te amar mesmo quando nossos caminhos se dividirem"

Nesta sexta feira consoante, encontro eco nas vozes silenciosas dos livros. Reconcilio-me com o lado mais belo e profundo de mim... Quando me lembrar o nome do que me emociona, colocarei aqui, na rede efêmera e potencial. Boa noite.

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